quarta-feira, março 02, 2005

visita matinal

Um sorriso tateou-me logo cedo, talvez seguindo pétalas de um rastro de sonho. desencontraram-se. na boca, o berço-lábio, instalado bem no meio da minha cara. dois ou três segundos... palavra. sonâmbula. sussurrada. e sua. afinal é da musa o que ela inspira:

"polegares entrelaçados alando a retina acostumada. asas-mãos espreguiçando a distância, essa métrica comprida , doída" - eu falei.

"ahn?" - você diria.

Como, ahn?!? não te reconheces? é o dedilhar de tuas linhas, contornos! música original e virgem de teu instrumento! ouve:

"riarei até o céu as notas perfeitamente descompassadas deste duo cardíaco,

nascente, cresceNTE. retrilharei em mãos e boca o caminho da pena inspirada"

Ah, minha vertigem branca...
proesia nada petita embargar nuvens lúdicas em domingo aberto! é você o sonho! você!

volta sempre, viu?
que meu sorriso, eu quero esse.