eu que de mim já não sei
e cego tateio
e teorizo
que me mato, me bato, debato
farto da falta, da chuva,
do ciso
eu que me pulo
eu muro
me procuro no murro em faca de ponta
pauso na estante
pouso um instante
e ainda não cessa
essa dança tonta
terça-feira, novembro 14, 2006
sexta-feira, novembro 10, 2006
calendário (ou, caleidoscópio).
C'um copo d'ópio dopo
Calo dois corpos voz
Cá: lendária cópia
Lá: mente atroz
Calo dois corpos voz
Cá: lendária cópia
Lá: mente atroz
quarta-feira, agosto 09, 2006
segunda-feira, julho 17, 2006
reflexão
leva isso,
......................leve ..................................longe
onde nada pareça quase
meio antes
qual sem fim
......................leve ..................................longe
onde nada pareça quase
meio antes
qual sem fim
segunda-feira, junho 05, 2006
terça-feira, maio 30, 2006
segunda-feira, maio 22, 2006
anti
A três passos do nada, o tempo é ultrapassado.
sua idade, o calendário, aquelas fotos...
todos os seus “se...”,
seu contorno,
a correta conduta e o equívoco,
o motivo ... palhaçada.
Toda essa precaução paralizante
revela-se frágil.
aqui
exerce-se o gerúndio e seu trampolim.
Tudo outro vale quinquilharia, apenas faixas de isolamento.
sim, a dois passos do nada, as mentiras sinceras, o “não sei”, Nietzsche e principalmente a contradição, são inocentados
mais,
são desejados,
e desmentem a memória opaca, o histórico.
Não só perdem o ranço desagradável como pintam de lacunas as paredes e o teto, e pintariam também o chão, se houvesse.
Nesse quadro, as verdades, ficam antes da porta.
Os lamentos, antes ainda, no mesmo cômodo 3x4 onde martelam-se as bússolas.
De nada servem suas marcas de expressão, a moral herdada, ou esse texto.
Ele também é julgo,
e aqui, a um passo do nada, calaria ainda dentro do olho, cegaria a lâmina língua.
Toda a árdua experiência acumulada
gargalha de si,
sabe-se idiota.
é justamente aí que o nada se revela,
abraçando
a totalidade
da extensão
desse corpo
ridiculamente
maravilhoso
na prima-fonte, pode-se ver as rugas sumindo,
o rubor saudabilíssimo,
a pele esticar,
esgarçar,
rasgar-se em luz
e potência
agora,
é-se demais pra um corpo
sua idade, o calendário, aquelas fotos...
todos os seus “se...”,
seu contorno,
a correta conduta e o equívoco,
o motivo ... palhaçada.
Toda essa precaução paralizante
revela-se frágil.
aqui
exerce-se o gerúndio e seu trampolim.
Tudo outro vale quinquilharia, apenas faixas de isolamento.
sim, a dois passos do nada, as mentiras sinceras, o “não sei”, Nietzsche e principalmente a contradição, são inocentados
mais,
são desejados,
e desmentem a memória opaca, o histórico.
Não só perdem o ranço desagradável como pintam de lacunas as paredes e o teto, e pintariam também o chão, se houvesse.
Nesse quadro, as verdades, ficam antes da porta.
Os lamentos, antes ainda, no mesmo cômodo 3x4 onde martelam-se as bússolas.
De nada servem suas marcas de expressão, a moral herdada, ou esse texto.
Ele também é julgo,
e aqui, a um passo do nada, calaria ainda dentro do olho, cegaria a lâmina língua.
Toda a árdua experiência acumulada
gargalha de si,
sabe-se idiota.
é justamente aí que o nada se revela,
abraçando
a totalidade
da extensão
desse corpo
ridiculamente
maravilhoso
na prima-fonte, pode-se ver as rugas sumindo,
o rubor saudabilíssimo,
a pele esticar,
esgarçar,
rasgar-se em luz
e potência
agora,
é-se demais pra um corpo
terça-feira, maio 16, 2006
terça-feira, abril 11, 2006
pré-manhã
teto parede
armário
porta
travesseiro
saliva
janela
parede
relógio
suspiro
coberta chão
gelado
maçaneta tapete
torneira
água.
armário
porta
travesseiro
saliva
janela
parede
relógio
suspiro
coberta chão
gelado
maçaneta tapete
torneira
água.
quarta-feira, abril 05, 2006
pouso.
a garça pousou no tronco
e o ronco da serra cessou
o silêncio abriu o acesso
para a ave que a sombra criou
e o ronco da serra cessou
o silêncio abriu o acesso
para a ave que a sombra criou
terça-feira, abril 04, 2006
sobressalto.
minha nau não navega a vento
o que sopra é o que sobra de tudo
sobre o salto pro fundo de mim
fala um mundo que jazia mudo
o que sopra é o que sobra de tudo
sobre o salto pro fundo de mim
fala um mundo que jazia mudo
matura.
me folheei, e não há resposta
não achei índice, nem manuais
quebrei, e o grito não cala
e nem o espanto nos cabe mais
não achei índice, nem manuais
quebrei, e o grito não cala
e nem o espanto nos cabe mais
Assinar:
Postagens (Atom)