A três passos do nada, o tempo é ultrapassado.
sua idade, o calendário, aquelas fotos...
todos os seus “se...”,
seu contorno,
a correta conduta e o equívoco,
o motivo ... palhaçada.
Toda essa precaução paralizante
revela-se frágil.
aqui
exerce-se o gerúndio e seu trampolim.
Tudo outro vale quinquilharia, apenas faixas de isolamento.
sim, a dois passos do nada, as mentiras sinceras, o “não sei”, Nietzsche e principalmente a contradição, são inocentados
mais,
são desejados,
e desmentem a memória opaca, o histórico.
Não só perdem o ranço desagradável como pintam de lacunas as paredes e o teto, e pintariam também o chão, se houvesse.
Nesse quadro, as verdades, ficam antes da porta.
Os lamentos, antes ainda, no mesmo cômodo 3x4 onde martelam-se as bússolas.
De nada servem suas marcas de expressão, a moral herdada, ou esse texto.
Ele também é julgo,
e aqui, a um passo do nada, calaria ainda dentro do olho, cegaria a lâmina língua.
Toda a árdua experiência acumulada
gargalha de si,
sabe-se idiota.
é justamente aí que o nada se revela,
abraçando
a totalidade
da extensão
desse corpo
ridiculamente
maravilhoso
na prima-fonte, pode-se ver as rugas sumindo,
o rubor saudabilíssimo,
a pele esticar,
esgarçar,
rasgar-se em luz
e potência
agora,
é-se demais pra um corpo
segunda-feira, maio 22, 2006
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